Flavio Cruz

Declaração de Esperança

Em uma época distante daqui, pessoas como nós, felizes e radiantes, estarão vivendo em um mundo quase perfeito. A ciência  e a tecnologia, juntas, estarão “conspirando”  a favor da felicidade humana, a medicina e outras ciências garantindo a saúde e a perfeição do corpo e da  mente. Uma 
harmonia nunca antes vista, insistente, penetrante, envolvente, insinuando-se em toda a parte, no dia a dia, nas atitutes, nas palavras, nos contatos. A paz, irresistível, indestrutível, envolvente, estará visível em cada sorriso, em cada pensamento, em cada frase. Pouca esperança, pois onde há tudo, ou nada falta, há pouco para se esperar. Ainda assim, há a esperança quase certa de que tudo vai ainda melhorar, mesmo quando nada mais de melhor pode haver. Nada de crime, nada de suspeita, ou de traição. Sem bandidos ou malditos ou loucos à espreita. Anjos de carne e osso nas ruas, nas fábricas, nas casas, nas calçadas, andando entre nós. Todo dia algo excitante, algo novo e melhor. Êxtase com pureza, aventura sem maldade, criatividade sem malícia, paixão sem violência, que mais poderemos querer? 
Ainda é um sonho. Um sonho distante que talvez nunca aconteça… mas é um sonho, ou melhor, uma esperança. Esperança ninguém pode matar, ninguém pode de nós tirar se não permitirmos. Vamos esperar,vamos sonhar, nem que seja para nossos filhos, nossos netos, para alguém, que vindo de nós, um dia ainda vai chegar… Sonhar é preciso!

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Published on e-Stories.org on 06/26/2016.

 
 

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