Estacionei nas águas puras e calmas do meu espírito para procurar a paz. Olhei para a distância e havia luz difusa, tons brancos e azuis, de uma suavidade sem fim. Aquilo era uma espécie de paraíso. O meu paraíso. E ali, um bom tempo fiquei. E minha alma, então, encheu-se de harmonia e serenidade. Era tanta, que meu ser se preocupou. Era normal aquilo? Podia ser verdade tanta graça? Diante disso, de novo, me aventurei. Procurei, voando para cima, o movimento, a ação, algo que me inspirasse mais vida, mais emoção. E assim fiz. Flutuando sobre montanhas, rios calmos e outros revoltos, lancei-me ao mundo. Conheci oceanos tempestuosos e nuvens que soltavam raios. Senti a força da emoção, do agitar, do acontecer. E tal situação também era boa. Precisava igualmente dela. Até que, novamente, descobri que precisava da tranquilidade. Voltei para o interior de mim mesmo. E por ali fiquei algum tempo. Foi então que fiquei sabendo de tudo. Precisava da solidão para entender o burburinho e, deste, para apreciar a primeira.
E isso, entendi, era a vida. Esse eterno equilíbrio. Um eterno flutuar entre o céu e o inferno, um eterno buscar.
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Published on e-Stories.org on 06/02/2015.
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