Tanto tempo sem ver a amada cidade, finalmente eu estava lá. A imponente São Paulo, toda cheia de si e de suas antigas contrariedades. Já tinham me avisado que não havia mais propagandas, para eu não estranhar. Gostei, assim deu para ver melhor sua alma. Falaram até para eu tomar cuidado nas ruas, como sempre falam, mas que nada. Deixei cair uma nota de 20 reais e, de repente, alguém me chamou e veio correndo devolver.
Vi as bicicletas para alugar, as novas linhas de metrô, uma exposição cultural no Centro Cultural Banco do Brasil, tudo coisa de muito se admirar. Ouvi palavras novas como “cadeirante” e outras tantas e tentei me acostumar. Tomei cafezinho e descobri que, agora, que charme, vem junto um copinho com água gaseificada! Foi bom, muito bom. Tudo isso é extra, pois o mais importante foi ver pelo menos algumas das pessoas amadas.
Estava me esquecendo. Descobri que, agora, sou “prioritário”. Com mais de sessenta, existe um monte de coisa que a gente pode fazer antes dos outros (deve ser para compensar as coisas que não podemos fazer por causa da idade.) Fiquei pensando muito sobre isso. Quem diria, hein, eu, prioritário...
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Published on e-Stories.org on 10/29/2015.
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