Não deve haver no mundo ninguém que duvide do heroísmo e coragem de Nelson Mandela. Vinte e sete anos de prisão injusta não quebraram seu espírito ou o desejo de libertar seu povo. Não era perfeito, tinha suas “humanidades”, por assim dizer. Isso, ao invés de diminuí-lo, coloca-o na posição de líder autêntico. Conseguiu chegar até a presidência de seu país, algo inimaginável anos antes. Não pregou ódio, mas sim a convivência pacífica. Não adotou a arrogância, mas sim a simplicidade e a autenticidade.
Entretanto, poucos prestaram atenção no momento de sua carreira onde ele provou verdadeiramente o grande ser humano que é. Depois de terminar seu mandato presidencial, já reconhecido mundialmente como uma personalidade que ficaria para sempre na história da humanidade, o normal seria se candidatar à reeleição, o que é permitido pela constituição de sua nação. Depois do segundo mandato, que ele conseguiria facilmente garantir devido à sua incontestável popularidade, poderia e teria força política para mudar a constituição, com apoio popular, e se perpetuar no poder. Como muitos fizeram. Humildemente, porém, saiu da presidência no final do primeiro e único termo presidencial, deixando para outros a continuidade e a preservação da liberdade. Sábia e saudavelmente resistiu ao apelo do poder. Sabia e acreditava que novas gerações tinham que fazer seu próprio trabalho em prol da democracia do país. Nesse sentido e em muitos outros, ele é único. Temos aí um verdadeiro heroi, um verdadeiro chefe de um povo. Como eles, existem poucos, muito poucos. Quando ele se for, vai faltar algo no mundo.
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Published on e-Stories.org on 06/27/2018.
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