Antonio Justel Rodriguez
IRRUPÇÃO DA MOLA
... esta eclosão, esta explosão ou jorro sináptico de vida e forma,
esta enorme canção que parte da terra e que transcende o mar, a luz e o ar,
este templo vivo erguendo-se e construindo-se, como uma labareda quântica e galáctica,
De onde vem tudo isso? Quem, quem trouxe para nós...?
...porque se mora, sai e olha os desertos do mundo,
e, de repente, a fumaça, o fogo, o brilho,
e essa, essa dulcíssima idade do coração, que os acompanha e os acolhe,
meu e teu, aquele que em puro êxtase tudo acredita e tudo, tudo espera, e, que,
Embora oprimidos pelos antigos horrores com o brilho trágico de suas densidades:
suas pedras,
grilhões de ferro em que a liberdade chora e sofre, contra o espírito e a virtude;
... ergo, então, que sob o céu rosa e roxo,
Eu irrompo e grito neste momento crucial do outro lado do prado,
- como na aurora da alma -
e ainda. pode parecer ainda que, sob tanta beleza, não existissem feridas e golpes mortais,
porque, à medida que passam, tanto encanto é exalado pelas notas imortais e incandescentes do orvalho;
... depois de um profundo estremecimento, a marcha parou e eu tremo absorto,
- no culto mítico e ascético do homem -
Baixo os olhos e pressiono com força contra o peito os pequenos pertences e enxovais de almas;
É um instante de fogo íntimo, misterioso e divino,
em busca dessa fisiologia da luz ou ciência da vida,
da sua voz sábia,
da sua grelha,
sua lei:
do exaltado rito da contemplação.
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Antonio Justel
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Published on e-Stories.org on 04/05/2022.