Antonio Justel Rodriguez
IRRUPÇÃO DA PRIMAVERA
...esta incubação entre meus braços abertos,
esta exuberância ou jorro destemido e energético de vida e forma,
esta enorme canção que vem da terra e transcende o ser, o mar e o ar,
este templo vivo crescendo e construindo, como uma explosão quântica e galáctica,
tudo isso, por que, por que Cristo nos trouxe isso, para que alaúde, para que esplendor...
...porque se habita, sai e olha para os desertos do mundo,
e, de repente, o fogo, o triunfo, o esplendor,
e que, aquela idade mais doce do coração acompanhando e recebendo,
meu e seu, aquele que em puro êxtase tudo acredita e espera, e, que,
embora esteja cercado pelos antigos terrores com seu brilho sombrio, suas densidades e pedras,
algemas de ferro com as quais a liberdade chora e sofre – contra o espírito e a virtude;
... logo, então, eu entrei e gritei neste momento também do outro lado da campina,
- ao amanhecer -
sob o céu rosa e roxo;
onde poderia até parecer que, sob tanta beleza, não existiam feridas e golpes mortais,
porque, ao passar, as notas imortais e puras do orvalho tanto encantam;
... depois de um profundo estremecimento, parou de andar e em tremor absorto,
Baixo os olhos e pressiono o enxoval da alma contra o peito como um culto ascético e mítico de homem;
É um instante de fogo íntimo, misterioso e divino em busca de sua fisiologia ou ciência pura da vida,
a de sua voz sábia,
sua churrasqueira,
sua paz e lei:
o sublime rito da contemplação.
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Antonio Justel (Orion de Panthoseas)
<httpsoriondepanthoseas.com>
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Published on e-Stories.org on 06/05/2024.