Antonio Justel Rodriguez

MORTE DO SILÊNCIO: ÉPICO [Dedicado a Federico García Lorca]


“… dobras de morte caminhavam, sobre almofadas de prata,
e o ar brincava com lágrimas e o amanhecer com lágrimas;
“… sobre os vaus do rio, com o peito aberto com uma faca,
ensanguentou o silêncio, deixou sua vida na água…”
“…os ecos profundos da manhã despertaram,
as camas-mãe, as murtas e as giestas tremeram…”
“… um parêntesis de espanto cruzou, estremecendo em chamas,
montando as doze éguas que dão à luz potros de madrepérola…”
“…sob uma torrente de tristeza, quando a lua está laranja,
o orvalho rasgava as veias entre juncos e silvas…”
“… deixe-o balançar os lírios e cantar junto às cachoeiras,
Deixe-o guardar as pontes, deixe-o sozinho e calmo…”
“… como um amante puro – tule preto, rosto branco –
“a solidão em seus claustros, descalça, chorava ao amanhecer…”
***

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Published on e-Stories.org on 01/09/2025.

 
 

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